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Notícias
27/07/2020



Desafiada pela ACISB, autora transmontana cria o Hino “Acredita, vai ficar tudo bem”, em homenagem a todos os profissionais que lutaram e lutam contra a pandemia da doença COVID-19.

Um hino de homenagem e de incentivo aos profissionais da saúde, aos serviços de proteção civil, aos colaboradores das IPSS’s, aos comerciantes em geral e a todos quantos tiveram de manter as respetivas atividades profissionais para garantir que não faltassem à comunidade serviços e produtos, para que a vida pudesse continuar.

Este foi o objetivo da Associação Comercial, Industrial e Serviços de Bragança (ACISB) que desafiou Fabíola Mourinho a criar esta hino de homenagem. Juntaram-se nas vozes Patrícia Líbano (que também fez os arranjos), e Hélder Pires. Um trabalho realizado em pleno confinamento. Os músicos Chéu Líbano (trompete) e o João Amaro (guitarra elétrica), também se quiseram associar. Os estúdios de gravação Vamusica, de Vítor Gomes, fizeram a gravação e produção final, permitindo que este hino esteja agora disponível para todos. A música está disponível no canal do Youtube da ACISB (https://youtu.be/QjTPs-3FVB0).

O lançamento do “Acredita, vai ficar tudo bem”, aconteceu na noite de 25 de julho, sendo o momento alto de uma cerimónia de homenagem organizada pela ACISB, que juntou nos jardins do Museu Abade Baçal, com o devido distanciamento, representantes de diversas entidades da cidade. Devido ao contexto atual não houve possibilidade de abrir a cerimónia ao público, por essa razão foi transmitida em direto através das redes sociais.

“A ACISB, não tendo por missão a solidariedade social, tem sido um exemplo de solidariedade, de mobilização, de partilha, de estimulo e de incentivo. Diria que a ACISB assumiu a liderança da mobilização da sociedade civil em prol de objetivos coletivos”, referiu a presidente desta associação, Maria João Rodrigues.

A cerimónia foi aproveitada para formalizar a entrega dos donativos recolhidos através de iniciativas de solidariedade desenvolvidas pela ACISB desde que a pandemia despoletou no nosso país. Recordamos que foi feita uma campanha de angariação de fundos para a aquisição de um ventilador para a Unidade Local de Saúde (ULS) do Nordeste. “O valor angariado foi de 18 695,00€, sendo que o ventilador teve um custo de 17 835,00€, e adquiriram-se mascaras e batas com o valor remanescente de 860€”, explicou a secretária geral da ACISB, Anabela Anjos, antes de se proceder à entrega dos respetivos equipamentos ao presidente do concelho de Administração da ULS do Nordeste, Carlos Vaz.

“A ACISB lançou o repto a uma empresa para nos oferecer as t-shirts que colocamos à venda, a receita revertia totalmente a favor da União das Instituições de Solidariedade Social do Distrito de Bragança (com mais de 80 IPSS's associadas) e para os Bombeiros Voluntários de Bragança. A UIPSSD e os Bombeiros receberam, respetivamente, 2 400,00 € euros para a aquisição de equipamentos de proteção individual”, continuou.

“Quem pratica a solidariedade não precisa de o apregoar, mas não é disso que se trata. Trata-se da capacidade de devolver esperança a quem a estava a perder, da força para ajudar quem mais precisava, da coragem de agir para que os muitos heróis da história desta pandemia, desde os profissionais da saúde aos comerciantes, tivessem a todo o momento uma palavra de reconhecimento, uma palavra de incentivo”, esclareceu Maria João Rodrigues.

Foi desta forma que as entidades beneficiadas entenderam o gesto. Paula Pimentel, presidente da UIPSSDB agradeceu “o enorme ato de generosidade” de todos quantos participaram nas campanhas. “A ACISB deu dignidade à palavra solidariedade quando a transformaram num motivo de celebração, beneficiando as entidades que recebem os fundos recolhidos mas também as pessoas que participaram porque, em cada t-shirt adquirida, cada um de nós, recebeu amor, recebeu a satisfação e o orgulho de participar numa campanha tão inspiradora, recebeu o conforto emocional de quem sabe que há na nossa sociedade pessoas que ainda se importam pelos outros, ainda se incomodam com as dificuldades alheias e ainda dispõe do seu tempo, dos seus recursos, para ajudar desinteressadamente”, rematou.